O Realismo na Arte
Entre 1850 e
1900 surge nas artes europeias, sobretudo na pintura francesa, uma nova
tendência estética chamada Realismo, que se desenvolveu ao lado da crescente
industrialização das sociedades.
Pintura Realista
A pintura
realista do século XIX retrata a realidade social do momento. Ao artista não
cabe “melhorar” artisticamente a realidade, pois a beleza está na realidade tal
qual ela é. Sua função é apenas revelar o que há de mais característico e
expressivo na realidade. A pintura realista deixa de lado os temas mitológicos,
bíblicos, históricos e literários, pois o que importa é a criação a partir de
uma realidade imediata e não imaginada.
Artistas do Realismo
Gustave Courbet (1819 – 1877): foi considerado o criador do
realismo social na pintura, pois procurou retratar em suas telas, temas da vida
cotidiana, principalmente das classes populares. Manifesta em sua pintura uma
simpatia particular pelos trabalhadores e pelos homens mais pobres da sociedade
no século XIX. “Os quebradores de pedra”
Jean-François Millet (1814 - 1875): em suas telas predominam os tons marrons e
uma luz difusa que reflete certo sentimentalismo, e nelas construía figuras
humanas modestas. Retrata trabalhadores do campo com um olhar emotivo. Obra:
“As respigadeiras”
Édouard Manet (1832 – 1883): seu realismo não tem intenções
sociais. Retratou em suas telas locais, hábitos, personagens e eventos típicos
da vida em sociedade em Paris. Sua obra foi importante por renovar a pintura,
dando-lhe uma luminosidade mais intensa. Essa luminosidade foi considerada um elemento
precursor do Impressionismo. Obra: “Almoço sobre a relva”.
Auguste Rodin (1840 – 1917): destacou-se como inovador da escultura
do século XIX. Sua produção despertou polêmica: alguns estudiosos apontam em
seu trabalho a acentuada tendência ao realismo; outros consideram mais a emoção
revelada por muitas de suas obras. Outros ainda veem em sua escultura
características do Impressionismo.