SÉCULO
XIX NO BRASIL: A INFLUÊNCIA ESTRANGEIRA
O início
do século XIX no Brasil é marcado pela vinda da família real portuguesa, que
pretendia ficar de fora do conflito entre a Inglaterra e a França, governada
por Napoleão. Dom João VI e uma comitiva de milhares de pessoas desembarcaram
na Bahia em 1808 e no mesmo ano transferiram-se para o Rio de Janeiro.
Chega a
Missão Artística Francesa
Chefiada por Joachim Lebreton, a Missão
Artística Francesa chegou ao Rio de Janeiro em 1816, oito anos depois da
família real. Dela faziam parte, entre outros artistas, Nicolas-Antoine Taunay,
Jean-Baptiste Debret e Auguste-Henri-Victor Grandjean de Montigny. Em agosto de
1816, o grupo organizou a Escola Real das Ciências, Artes e Ofícios,
transformada, em 1826, na Academia Imperial de Belas-Artes.
ARTISTAS
Nicolas-Antoine
Taunay: (1755-1830) é um dos nomes mais importantes
da Missão Francesa. Nos cinco anos que aqui ficou, pintou cerca de trinta
paisagens do Rio de Janeiro e regiões próximas
Jean-Baptiste
Debret: (1768-1848) é o artista da Missão Francesa,
mais conhecido pelos brasileiros. Debret ficou no Brasil até 1831 e produziu
uma obra imensa: retratos da família real, cenários para o teatro São João e
trabalhos decorativos para festas públicas e oficiais, como as solenidades que
envolviam Dom João VI. Foi professor de Pintura Histórica na Academia Imperial
de Belas-Artes e realizou a primeira exposição de arte no Brasil, em 1829.
Arquitetura: A Missão Francesa adotou o estilo
neoclássico e abandonou o Barroco, que, em nosso país, Principalmente em Minas
Gerais, havia se desenvolvido com características e soluções brasileiras. O
Principal responsável por essa mudança foi o arquiteto Grandjean de Montigny
(1772-1850), autor do projeto da Academia Imperial de Belas-Artes. Outra
construção de destaque na arquitetura da época é o Solar dos Marqueses de
Itamaraty.